Grupo RBA tenta constranger dirigentes em visita na redação e empresa desautoriza segunda ida ao mesmo local

A direção do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (SINJOR-PA) tem organizado visitas às redações dos principais veículos de comunicação de Belém para informar a pauta de reivindicações para a negociação com a patronal neste ano. No entanto, algumas empresas não acostumadas com a liberdade de organização sindical dos trabalhadores tem dificultado e até tentado constranger os dirigentes sindicais frente a categoria.

Após obter autorização para visita à redação do Grupo RBA/Diário do Pará para informar aos jornalistas o andamento da data-base nos horários de 11h e 16h30, o presidente do Sinjor, Vito Gemaque, e a vice, Simone Romeiro foram interrompidos quando já se preparavam para terminar sob a alegação de que ocorria ali uma era “assembleia”, o que não havia sido autorizado. Coincidentemente, os dirigentes foram interrompidos pela representante do Recursos Humanos justamente quando informariam sobre a Campanha Contra Assédio Moral e Sexual nos locais de trabalho, numa clara tentativa de constranger os diretores sindicais.

Grupo RBA ainda desautorizou a visita da tarde e impediu a entrada das diretoras do Sindicato, Eliete Ramos e Carolina Pombo, quando se tentava apenas informar à categoria o andamento da data-base.

A visita tinha sido autorizada por escrito, após solicitação formal do Sinjor. Segundo a diretora de RH da empresa, que não permitiu que os diretores da entidade passassem da porta do prédio, a ordem de proibição foi do diretor do Grupo RBA, Camilo Centeno, que também preside o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado Pará (Sertep).

O SINJOR-PA considera péssimo o tratamento dado aos dirigentes justamente na empresa do presidente do sindicato patronal na tentativa de tutelar a forma com que o sindicato dos trabalhadores tenta informar os jornalistas sobre as negociações. Ações consideradas antissindicais na busca de impedir os trabalhadores de se organizarem.

O SINJOR-PA reforça que não se intimidará com quaisquer atitudes ou ameaças das empresas, e se for preciso fará manifestações na porta das empresas para expor à sociedade os problemas nas redações e o desrespeito aos trabalhadores.

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