O Sindicato de Jornalistas do Pará (SINJOR-PA) entrou com pedido de dissídio coletivo, nesta quarta-feira, dia 3, para garantir a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), entidade patronal das empresas de comunicação do Estado.
No último dia 26 de junho, o Sertep reenviou ao SINJOR-PA a mesma contraproposta rebaixada de reposição somente da inflação do período (3,23%), que já foi rejeitada, por unanimidade, em Assembleia Geral pela categoria. Se for considerado o piso salarial, a proposição da patronal prevê um aumento de somente R$ 60,00.
A ação do dissídio foi ajuizada no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, com a expectativa de conseguir, na Justiça, o reajuste salarial de, pelo menos, 13% para as trabalhadoras e trabalhadores. O Sindicato reivindica ainda o aumento do piso salarial, entre outros direitos assegurados nas convenções coletivas dos anos anteriores.
Impasse na negociação
O Sindicato tenta, desde final de fevereiro, a abertura efetiva de uma mesa de negociação presencial com o Sertep, que insistiu nas notificações por e-mail com propostas rebaixadas.
Diante da ausência de diálogo e de resposta satisfatória às reivindicações da categoria, mais uma vez, o SINJOR-PA recorreu à intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Porém, a audiência de conciliação com o MPT, prevista para ocorrer em 20 de junho, foi adiada para o mês de agosto, atendendo solicitação da assessoria jurídica da patronal por motivos de doença.
Sem avanços na proposta e na mediação com o MPT, a orientação jurídica foi levar a negociação para o âmbito da Justiça do Trabalho, com o dissídio coletivo, a fim de resguardar os direitos de trabalhadores jornalistas.
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