Os trabalhadores e trabalhadoras da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa) realizaram, em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas do Pará (SINJOR-PA) e Sindicato dos Radialistas do Pará (SINRAD-PA), nesta sexta-feira (13), um café da manhã coletivo em mais um ato de repúdio à proposta do governo Helder Barbalho de extinguir a mais importante e tradicional rede de comunicação pública da Amazônia.
A forte organização de jornalistas, radialistas e demais categorias da Funtelpa foi uma importante resposta à tentativa de desmobilização da Presidência da Fundação, que cancelou de última hora o café que faria com os trabalhadores.
Diante da mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras, o presidente da Fundação, Marcelo Gomes, acabou participando do café e ouvindo os relatos dos funcionários sobre a importância da preservação da Funtelpa como verdadeiro patrimônio cultural do Pará e como uma escola de jornalismo para várias gerações de profissionais.
No final das falas dos funcionários, muitas delas emocionadas, o presidente se comprometeu a apresentar ao governador Helder Barbalho um plano de ação para a manutenção da Funtelpa e, ainda, uma carta em defesa da Rede Cultura, que será escrita pelos trabalhadores e trabalhadoras da Fundação, uma vez que já se sabe que a autoritária proposta de reforma administrativa de Helder voltará a ser apresentada na Assembleia Legislativa do Pará em fevereiro, com a abertura do ano legislativo de 2025. Gomes, porém, não informou quando será a reunião com o governador.
O SINJOR-PA, junto com os trabalhadores e trabalhadoras da Fundação, continuará mobilizando nas ruas e nas redes, em um calendário de lutas e de sensibilização da sociedade paraense, até que o risco de extinção da Rede Cultura esteja definitivamente descartado.
fotos: André Mardock